Conheça o projeto clicando aqui

Quer acompanhar nossa memória descritiva?
Clique aqui






VENHA VIVER CONOSCO ESSA FANTÁSTICA HISTÓRIA!




* Todos os arquivos do blog estão no fim da página.

Preparando o seminário

Estamos tentando realizar os trabalhos que vamos apresentar no Seminário Final do projeto para sistematizar nosso conhecimento e apresentar a nossas famílias e amigos. No entanto, a nossa sala de informática ainda continua com os computadores queimados. Segundo o professor orientador da sala, o pedido de manutenção ao setor responsável já foi realizado. Enquanto isso estamos utilizando o computador da sala da assessoria de direção quando é possível.

Estamos trabalhando, mas o seminário foi adiado para agosto, depois da volta às aulas.

As mudanças na escrita

Após perceberem as diferenças ortográficas no "livro de honra" da escola com as de atualmente convidamos a Professora de Português e Inglês Ed Fátima Teixeira para palestrar o porque dessas mudanças. 

Assista a aula e veja quantas novas aprendizagens para todos.

Relato do ex aluno Julio Cesar

Conheci Julio Cesar quando veio comprar a camiseta da escola para seu filho Luis Felipe do quarto ano matutino. No meio do nosso papo ele me contou de como era seu tempo de escola aqui na EEB Lauro Müller. É claro que fiquei imensamente feliz e empolgada em conhecer um ex aluno que hoje é pai de um dos nossos alunos. 

Não tinha como não convidá-lo para ter uma conversa informal com os alunos do quinto ano que desenvolvem o Projeto Onde começa a nossa história?.

Assista esse emocionante momento.

Professora Márcia Raquel Martins

Conversando...

Hoje sentamos para relembrar o que aprendemos com as professoras Deise e Maria Alice. Também aproveitamos o momento para definir o encerramento do projeto através de um seminário. 

O registro do momento foi através de vídeo.

A escola no Império.

Ontem também recebemos a visita da professora de História Maria Alice Hoss para nos contar como era a escola no tempo do Império no Brasil. Além de nos relatar este momento histórico, a professora também fala sobre a república e que mudanças trouxe para nossas vidas. O vídeo mostra este momento ímpar.

Registros escritos:

"Na época do império quem queria estudar tinha que pagar para os professores. Pobres não tinham  como pagar, então ficavam sem aprender a ler e escrever." (Marcos)

"A professora Maria Alice fala que na época do império havia muito respeito pelos professores." (José)

"Na época do império as escolas eram nas casas dos professores. Os alunos pagavam para isso. As meninas não podiam estudar em algumas escolas em casa." (Letícia)

"Na época da república todos tem o direito ao estudo, já no império somente quem pudesse pagar." (Peterson)

"No império muitas pessoas eram analfabetas. Para aprender era preciso pagar." (João Victor)

"A escola da república é para todos.A escola do império era só para quem podia pagar." (Amanda Maria)

"Escola do império: só as pessoas ricas podiam pagar professor." (Lucas)

"Antes, na época do império, as pessoas estudavam pagando professores para ensinar em suas casas. Aqui em Florianópolis muitos professores ensinavam em suas casas. Formavam pequenos grupos de alunos e estudavam algumas matérias." (Iasmym)

"Império é a época de reis e rainhas. Somente as pessoas ricas podiam estudar. Aqui na nossa cidade havia um marechal que entendia que o estudo era importante e pagava para seus escravos livres. Um deles foi o poeta Cruz e Souza muito conhecido na nossa história. A rua onde fica a nossa escola recebeu o nome deste marechal." ( Amanda Borges)

O que é tombamento?

Hoje a professora Deise Mara Menezes nos presenteou com uma bela aula sobre tombamento. A atividade nos ajudou a continuar nossa linha do tempo. É claro que filmamos este importante momento.

E continuamos nossa linha do tempo:

Registros escritos:

"Nossa escola não pode ser demolida, pois faz parte da história." (Marcos)

"Em Portugal, na Europa, havia uma torre que guardava documentos importantes. Era a Torre Tombo. É por isso que aqui no Brasil usasse o termo tombamento quando transformam prédios em patrimônio cultural." (Amanda Borges)

"Eu entendi que é um ato de reconhecimento do valor cultural de um bem, que o transforma em patrimônio oficial, levando em conta sua  função social." (Letícia)

"Entendi que a escola foi reconhecida pelo valor cultural. Nossa escola foi tombada junto com a Igreja Nossa Senhora do Rosário e a Igreja São Francisco." (Thiago) 

Estamos aprendendo?

A aprendizagem e a avaliação caminham lado a lado e de mãos dadas. Enquanto pesquisamos, analisamos, construímos, vamos fazendo considerações. Hoje é um dia de parada para avaliarmos nossa caminhada até aqui e dar novos encaminhamentos. No entanto, é preciso ter claro que nos avaliamos enquanto também aprendemos. Avaliamos nosso conhecimento quando concluímos, quando ampliamos nossos questionamentos, quando nos deparamos a admiração. 

E sentamos para avaliar hoje começando com uma fala do aluno Marcos Gabriel quando, no caminho da construção da linha do tempo, expressou um belo sentimento que mostra toda sua aprendizagem:

E assim iniciamos:

- "Descobri que Lauro Müller não fez a escola. Ele foi homenageado."
- "Nossa escola tinha três prédios. Derrubaram dois."
- "Mas construíram dois novos."
- "No refeitório era a quadra de educação física."
- "Quadra não! Era só um pátio."
- "Onde é nossa quadra agora tinha um prédio."
- "Antigamente as brincadeiras eram diferentes."
- "A gente tem parquinho hoje. É mais legal."
- "As crianças antigamente eram quietas. Hoje a gente corre pelos corredores brincando de pega-pega."
- "Nossa! Eles não brincavam de pega-pega?"
- "A professora Maísa disse que eles eram quietos."
- "É! Ela falou."

O QUE MAIS APRENDEMOS? EM QUE ÉPOCA FOI CONSTRUÍDA NOSSA ESCOLA?

- "Na República."
- "Que veio depois do império "né"?
- "Acabou rei e rainha. Na república tem governantes."
- "Bem antigamente o Brasil era mandado pelo rei. Agora a gente vota em presidente e tem muitos políticos. Nosso país é república."
- "Será que quando o rei mandava não tinha escola?"
- "Eu não sei!"
- "Nem eu!"
- "Tinha professora?"
- Podemos pesquisar sobre isso. O que vocês acham?
- "Legal!"

E POR QUÊ SERÁ QUE A ESCOLA RECEBEU O NOME LAURO MÜLLER?

- "Isso é fácil, ele era um homem muito importante."
- "Foi major, coronel..."
- "Ele mandou em Santa Catarina. Foi governador."
- "Era presidente de Santa Catarina. Lembra que era província?
- "É mesmo!"
- "Ele nasceu aqui no nosso estado."
- "Em Itajaí "né"?
- "Eu conheço Itajaí. Tem um porto bem legal lá."
- "Lauro Müller deve ter estudado bastante."

O QUE VOCÊS ACHAM? LAURO MÜLLER ESTUDOU BASTANTE?

- "Claro, ele era um homem inteligente."
- "Para ser coronel e major tem que ser inteligente."
- "Será que ele estudou aqui?"
- "Acho que não. Ele já era adulto."
- "Ele já era político."
- "Por isso deram o nome dele para a escola."

E O QUE VOCÊS APRENDERAM COM A LINHA DO TEMPO?

- "Quando nasceu Lauro Müller."
- "As coisas todas que foi Lauro Müller. Que foi militar."
- "A gente colocou a data que começou a escola."
- "Tem também os nomes diferentes que teve a escola."
- "Só não mudava o nome Lauro Müller."
- "Claro "né"? Ele é o patrono da escola."

E O QUE A GENTE FEZ PARA APRENDER TUDO ISSO? COMO PESQUISAMOS?

- "A gente foi na sala de informática pesquisar na internet."
- "Na biblioteca."
- "A gente perguntou para as pessoas que estudaram aqui."
- "Lemos muitos textos."
______________________________________________________________

ENCAMINHAMENTOS

- Pesquisar se havia escola no império.
- Continuar a linha do tempo pois ainda não chegamos no centenário.

Minha avó Emérita na EEB Lauro Müller

São tantas as histórias guardadas na memória da EEB Lauro Müller. Histórias vividas por toda uma família, passando pelas gerações. Assim é a minha história neste centenário; começa em 1912 quando minha avó estudou na escola primária e continua comigo na direção, 100 anos depois. Escola tão querida por mim, por minha avó e por meus filhos que aqui também estudaram.

Hoje foi dia de lembranças, de dividir emoções, orgulho e alegria.

No vídeo a experiência... 

O Livro de Honra

A equipe dos alunos Marcos, Amanda Maria e Iasmym apresentam a turma o xerox do livro de honra que descobriram na biblioteca. Lembraram que na exposição A ESCOLA DA REPÚBLICA tinha fotos do nosso livro de honra. O original está no Museu das Escolas Catarinense da UDESC.

O que descobrimos observando o livro de honra:

- Todo ano os professores faziam uma lista dos melhores alunos.

- A caligrafia era diferente.

- A ortografia também tinha algumas diferenças.

- As páginas eram enfeitadas.

Aniversário da EEB Lauro Müller

Hoje nossa escola está completando 100 anos e nós comemoramos está data fazendo uma passeata pelas ruas da nossa cidade. Muito bom desfilar sabendo porque estamos fazendo isso. Porque é importante festejar. Nossa sala faz parte da gincana do centenário e o nome da nossa equipe é Tropa de Elite. Estamos juntos com os alunos do quinto ano vespertino.

Foi o momento de mostrarmos também todo conhecimento que adquirimos e o orgulho que temos de fazer parte dessa história.

Nos unimos a outras equipes para o desfile.

PARABÉNS ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA LAURO MÜLLER!

Relato da Professora Maísa

A equipe de Amanda Borges, Thiago e José foi na turma da professora Maísa para saber um pouco de sua história no tempo que era aluna na nossa escola. Participaram da atividade os alunos da turma do terceiro ano; alunos da professora Maísa.

Registro da equipe
A professora Maísa disse que na sua época era obrigado usar uniforme. Era uma blusa branca com o simbolo da escola e uma saia de pregas. Todos os dias cantavam o hino nacional e o da escola. A merenda deles era numa caneca e às vezes queimavam a língua de tão quente. A aula de educação física era muito diferente da nossa de hoje. Tinha primeiro aquecimento, corrida, corrida de saco e podiam jogar vôlei. Os meninos jogavam futebol. Era tudo muito diferente antigamente.

Refletindo...

Escutamos o relato do professor Gilmar Cordeiro sobre o que ele viu no passado e o que vê no presente na nossa escola. Em sua fala, ele trouxe duas questões sérias que precisam de conversa: a falta de interesse dos alunos e a agressividade. Hora de discutir, falar, ouvir, refletir para que aconteça a mudança...

Continuando a linha do tempo

Durante estes dias procuramos mais dados sobre a história da nossa escola, mas pouco se conseguiu. Hoje a atividade foi enumerar as mudanças de nomes que a nossa escola passou por estes 100 anos.

Relato da Professora Alexandra

Aprender sobre a história também é escutar os personagens dessa história. Convidamos a professora Alexandra do quarto ano para nos contar como era quando foi ano da nossa escola.



O que gostei na história da Professora Alexandra?
- "Gostei quando ela falou que queria voltar a escola como professora. E ela conseguiu." (Amanda Maria)
- "Gostei muito quando a professora contou sobre os uniformes. Falou também do professor Gilmar. Foi professor dela e hoje é meu também." (Amanda Borges)
- "A professora Alexandra entrou em 1982 na primeira série aqui no Lauro Müller e estou até a oitava série. Falou que sempre tinha que cantar o Hino Nacional e tinha que fazer fila. As brincadeiras também eram bem diferentes de agora. No tempo dela não tinha o parquinho." (Peterson)
- "Fiquei tão feliz em saber que o sonho dela era voltar para a escola como professora." (José)
- "No tempo da professora Alexandra era obrigado a usar uniforme e cantar o Hino do país." (Marcos)
- "Quando a professora estudou aqui as homenagens nos dias especiais eram feitas onde hoje é o parquinho. As aulas de educação física eram feitas onde hoje é o refeitório." (Letícia)

Relato do Professor Gilmar

Convidamos o professor Gilmar Cordeiro para falar um pouco sobre o resgate do hino da nossa escola e o papo continuou ao relembrar como era a escola. Conversamos sobre educação, disciplina e tecnologia. Além do professor convidado também recebemos a turminha do primeiro ano para escutar o mestre que no momento é o profissional mais antigo da nossa escola.

Professor diz que hoje alunos não tem muito interesse em aprender. O que achamos disso?

- "É chato copiar do quadro."

- "As vezes não entendo o que o professor diz."

- "Falta coisas legais para fazer."

O assunto também foi a violência na escola:

- "Tem crianças que brigam por qualquer coisa."

- "É ruim brigar na escola."

ENTÃO PORQUE TEM TANTA VIOLÊNCIA? O QUE FALTA?

- "Os grandes brigam com os pequenos."

- "Precisa respeitar mais "né" professora?"

- "Eu não gosto de brigar."

O CERTO É NÃO BRIGAR. O QUE DEVEMOS FAZER? QUEM PROCURAR?

- "Tem que falar com a professora."

- "Eu conto tudo para minha mãe."

- "As diretoras sempre ajudam."

VOCÊS NÃO ACHAM QUE O CERTO É SABER BRINCAR E SEGUIR AS REGRAS DAS BRINCADEIRAS? SOMOS AMIGOS!

- "Todo mundo é amigo."

- "Então não pode brigar."

O professor Gilmar também falou de tecnologia. Como são as tecnologias na escola?

- "Eu adoro ir na sala de informática."

- "É bom pesquisar na internet."

- "Tinha que ter um computador para cada um."

- "Fico triste quando o computador estraga."

SÓ INTERNET E COMPUTADOR FAZ PARTE DA TECNOLOGIA?

- "Vídeo-game é."

- "Ia ser legal ter vídeo-game na escola."

O QUE MAIS TEM NA ESCOLA PARA AJUDAR A GENTE APRENDER?

- "Livros."

- "Tem o coral. A gente canta o hino. No hino conta coisas da escola."

- "A gente vê filme na televisão aqui também. Os nossos vídeos."

- "O melhor é quando a gente vai na informática."

Que histórias conta o hino da nossa escola?

Enquanto continuamos na pesquisa da história da nossa escola, resolvemos dar uma paradinha para pensar na letra do nosso hino. E discutindo o que o autor contou percebemos quantas histórias tem nele.

Hino da EEB Lauro Müller

Letra/Música: Lucas de Jesus (Ex-diretor)

Ao som deste hino cantamos

Brasil nós estamos aqui

Assim também participamos

A Pátria queremos servir

Levamos ao ar nossas vozes

Unidas e com emoção

Nós vimos buscar o sabe

Aqui nesta escola que faz inclusão

Em todas as atividades que a escola

tem a oferecer

Buscamos a realidade

Passamos a compreender

E quando voltamos ao passado

Lembramos com muita emoção

Lauro Müller que é o patrono

Desta escola que faz inclusão

O que aprendemos com a letra do Hino da EEB Lauro Müller?

- "O hino diz que aqui é uma escola onde os alunos aprendem e que o nosso patrono é o Lauro Müller." (Peterson)

- "O hino fala sobre inclusão, sobre o saber que as pessoas vem buscar. Diz também que somos uma escola do Brasil e nosso patrono é o Lauro Müller." (Amanda Borges)
- "O hino diz que aqui é uma escola de inclusão. Isto quer dizer que tem todo tipo de aluno. Temos vários surdos pela escola. Isso é inclusão." (Marcos)
- "Diz que a escola é um lugar de saber. Aqui viemos para aprender." (David)
- "Nosso hino diz que aqui fazemos inclusão e viemos aprender. E isso é verdade." (Letícia)
- "Aprendo com o nosso hino que a nossa escola aceita todos os tipos de pessoas. Inclusão é ter todos juntos: deficientes, brancos, negros, gordos, altos, pobre ou rico." (Amanda Maria)

A história da EEB Lauro Müller

Para continuar a nossa linha do tempo, precisamos pesquisar os fatos históricos. O que aconteceu no passar dos anos. E hoje os caminhos são: biblioteca e sala de informática.

No laboratório descobrimos que somente nossos blogs da escola tem alguma coisa sobre a história  da EEB Lauro Müller. Ficamos frustrados e preocupados, pois uma história centenária e tão importante não tem estudo algum postado na internet. Então o caminho será a biblioteca e anotar o que encontramos para continuar nossa linha do tempo.

Nosso hino, nossa história

Juntos com as outras quatro turmas do Ensino Fundamental 1, o quinto ano faz parte do Coral da EEB Lauro Müller. Hoje fizemos uma gravação para postar em nosso blog.

Iniciando nossa linha do tempo

Retomamos a discussão da aula anterior. Muitos já vieram dizendo que devíamos responder que nossa história começa mesmo é quando o governador Vidal Ramos  decidiu construir nossa escola, mas Marcos lembrou do Lauro Müller. Que seria legal lembrar que ele é importante também, que deveria ter ajudado o governador Vidal Ramos.

Antes mesmo que a discussão tomasse um grande tamanho, decidi explicar o porquê fiz a pergunta. Falei o que era construir uma linha do tempo e que gostaria de fazer essa atividade com eles, mas que teríamos que iniciar com alguma data.

- "Professora começa no dia do aniversário da escola e pronto."

- "Eu tenho uma ideia. Vamos começar pelo dia do nascimento do Lauro Müller." (Marcos)

A turma gostou da ideia, pois já tinham pesquisado sobre a vida do patrono da escola e na aula de hoje ficou acordado que iríamos iniciar a linha do tempo na data de nascimento de Lauro Müller até o dia da inauguração da escola, pois ainda tínhamos que pesquisar mais sobre a história da escola.

Onde começa a minha história? E a nossa?

E todos esperando pela pergunta difícil de responder...

Vocês hoje vão me responder escrevendo no papel: ONDE COMEÇA A MINHA HISTÓRIA?

Agitação na sala. Que pergunta era aquela que de difícil não tinha nada. Peterson já foi logo dizendo: "Todo muito sabe que foi quando a gente nasceu."

Então coloquem aí no papel. - falei

Senti um pouco de frustração na realização da atividade. Para eles responder aquilo era fácil demais. Pareciam que tinham passado o final de semana todo preocupados ou interessados na desafio e era só colocar data de nascimento?

José teve outra visão, falou que a história dele começou quando os pais deles casaram. A turma não aceitou bem a ideia e todos colocaram a data de nascimento mesmo, menos José.

Quando todos terminaram de responder e me olharem com ar de decepção porque aquilo ali foi muito fácil eu disse: Posso agora fazer a pergunta difícil? Um olhou para o outro e ficaram sem compreender a princípio. "Era uma pegadinha "né" Márcia? (falou Marcos) Respondi que não. Que para fazer a pergunta difícil precisava primeiro fazer a fácil, mas lembrei que nem todos pensam que a história começa no seu nascimento. O José pensa diferente.

E então pedi para mais uma vez colocar no papel a resposta de outra pergunta: ONDE COMEÇA A NOSSA HISTÓRIA?

Aí começou a falácia, a agitação, os questionamentos:

- "Como assim a nossa?"

- "A nossa aqui na sala de aula?"

- "Acho que não. Acho que é a nossa história aqui na escola."

- "Eu estou aqui desde o primeiro ano."

- "Mas eu entrei em 2009."

- "Eu só esse ano."

- "Não vai dar de responder onde começa a nossa história aqui na escola. Só se falar de cada um."

Então interferi: Não! Eu quero que vocês me respondam da nossa história. Dizer o dia que cada um entrou na escola não é a nossa história. Vocês não acham?

E começou o falatório tudo de novo:

- "Hum, então foi quando abriu a escola. Nossa escola começa no dia 24 de maio de 2012."

- "Mas é a história aqui na escola, professora?" 

- "Claro que é "né". "Pra" ser nossa história só pode ser daqui."

- "Então é quando inauguraram a escola mesmo."

- "Tudo bem, é daqui da escola, mas a escola não começou no dia da inauguração, começou antes com os homens construindo." (José com suas fantásticas observações)

- "É professora?" (Resolvi fazer sim com a cabeça para ver até onde ia essa história.)

- "Então nossa história começa com os operários aqui."

- "Se for assim antes disso tinha que ter terreno para fazer."

- "Alguém comprou o terreno e mandou fazer a escola."

Aproveitei a fala e lembrei lá da exposição das escolas da república. E perguntei se ninguém lembrava do governador nessa época. Ninguém lembrou, então falei um pouco da história, do governador Vidal Ramos. Relembrei  o império e a república. O que tinha sido a Proclamação da República e a importância dela na nossa história. O João Victor lembrou que na biografia que ele pesquisou de Lauro Müller dizia que ele era republicano.

Voltei a perguntar: VOCÊS AINDA NÃO RESPONDERAM, ONDE COMEÇA A NOSSA HISTÓRIA?

Silêncio. Olhares se encontrando até que alguém se manifesta. Peterson levanta a mão e diz:

- "Poderíamos dizer que a nossa história começa quando o governador Vidal Ramos resolveu construir nossa escola."

- "Nossa história começou foi lá no Adão e Eva." (rio José)

- "Tem cientista que fala que foi do macaco" (remendou Peterson)

Resolvi mediar este momento: Estão vendo? Já estamos falando da história da humanidade, mas queria mesmo é saber da nossa história aqui na  Escola Lauro Müller. Onde começa a nossa história? Sei que é difícil, mas na próxima aula eu pego a resposta. Pode ser?

Sabemos quem foi Lauro Müller

E depois de uma semana de pesquisas, debates e acertos, agora sabemos quem foi Lauro Müller.

Quem foi Lauro Müller?

Hoje resolvemos fazer um novo questionamento.

QUEM É LAURO MÜLLER?

E saiu tantas respostas:
- O homem que mandou construir a escola;
- O dono da escola;
- Um político...

Mas no fundo ninguém sabia muito bem quem era Lauro Müller

Caminho: sala de informática e biblioteca para descobrir quem foi Lauro Müller e porque nossa escola recebeu o seu nome.

Que diferenças encontramos nas fotos do passado com as do presente?

"A quadra de educação física era muito diferente. Todos os alunos usavam uniformes e o professor observava." (Letícia)

" Naquela época eram professoras e diretor. Hoje nossa turma tem um professor e são duas as diretoras. Não existe mais isso de só mulheres dá aula para os pequenos." (Thiago)

"Hoje não é mais obrigado a usar uniforme. Antigamente todos tinham uniformes. Na nossa escola pode usar calça jeans e camiseta branca. Quem quiser tem camisetas escritas (logotipo) Lauro Müller" (David)

" A quadra não existia no passado. Tiraram um prédio e construíram a nossa quadra. Ainda bem! No passado parece que as crianças só faziam ginástica. Hoje a gente joga muito futebol." (Marcos)

"As fotos de antigamente tem coisas que hoje não tem mais. Eram três prédios antigos, hoje só temos um. Os uniformes eram bastante diferentes. Pelas fotos, acho que as crianças do passado faziam primeiro exercícios para depois acontecer as brincadeiras." (João Victor)

"Não sei porque derrubaram os dois prédios. A escola era tão bonita." (Amanda Maria)

"Nas fotos de antigamente todos eram bem vestidos. As professoras e o diretor eram bem chiques. Hoje todo mundo anda mais a vontade." (Amanda Borges)

Passado x Presente II

E já que agora sabemos que as fotos também contam histórias fomos pesquisar no acervo da nossa escola antigas fotos e tentar reproduzi-la no presente. Vejam que fantástica ficaram nossas produções:

Autor da foto Marcos Schmidt

Autora da foto Amanda Almeida

Autor da foto João Vitor Costa

Autora da foto Letícia Oliveira

Autor da foto David Juttel

Autor da foto José Santos Jr

Passado X Presente

A experiência com o Projeto da UFSC "Um século em dez fotos" foi empolgante. Os alunos perceberam as diferenças e ficaram impressionados com as mudanças. Resolvemos então analisar cinco das dez fotos e fazer um debate sobre elas. Decidimos filmar a atividade e levá-los a refletir. 

Apesar da timidez diante da filmadora, o exercício foi uma aula de trocas de experiências, aprendizagem e ensinamentos. 

A importância dos documentos no resgate da história

Fomos convidadas pela Professora Márcia Raquel (Assessora de Direção), para falarmos com as crianças do 5º ano sobre o trabalho de organização e higienização do acervo documental da Escola de Educação Básica Lauro Müller, que aconteceu no decorrer do ano de 2010, uma atividade articulada ao projeto de pesquisa “Objetos da Escola: quando novos personagens entram em cena” (FAPESC/UDESC) orientada pela Professora Dr. Vera Lucia Gaspar da Silva.

No dia 12 de abril de 2012, tivemos nosso primeiro contato com a turma. Começamos questionando qual a relação da nossa visita com o trabalho realizado pela Professora Márcia de pesquisa sobre a escola e seu centenário. As crianças já tinham um conhecimento prévio, devido ao trabalho realizado pela direção da escola.

Entendemos a importância de estimular os sentidos nesta fase de desenvolvimento infantil, por este motivo levamos os objetos (luvas, máscaras, trinchas, caixa de arquivo, barbante...) que utilizamos para a organização e a higienização do acervo. Além disto, fomos com as crianças até  a secretaria da escola, local onde se encontram os documentos organizados. Para que as crianças tivessem uma maior noção de como são os documentos, retiramos uma caixa do armário e mostramos seu conteúdo.

Devido aos diversos questionamentos, interesses, dúvidas e desejo de pesquisar um pouco mais sobre a história da escola, acordamos que eles também vestiriam as luvas e a máscara e  seriam “pesquisadores”.

Esta experiência foi muito gratificante, pois conseguimos mostrar para os alunos que a história não é só a contada nos livros, mas que cada objeto é capaz de contar uma história. Agradecemos ao convite da Professora Márcia Raquel e nos colocamos à disposição.

Ana Paula de Souza Kinchescki e Luiza Pinheiro Ferber, alunas da UDESC.